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História da Cidade


GARIMPO DE ESMERALDA DA REGIÃO DE SERRA DE CARNAÍBA  

Mineralização: ESMERALDA
                      
HISTÓRICO
Descobertas em 1963 nos anos 80 foi a principal região no Brasil responsável pela produção de esmeraldas. A área do garimpo abrange 4 mil hectares. Esta área é composta por vários trechos que produzem esta gema sendo o mais importante o garimpo de Carnaíba de Cima, (responsável por mais de 60% da produção) nas décadas de 70 e 80 (Moreira & Santana 1982). Outros trechos que se destacam são os garimpos de: Carnaíba de Baixo, Gavião, Bode, Lagarta, Bráulia e Marota.
LOCALIZAÇÃO
O garimpo de Carnaíba esta localizando próximo aos Municípios de Pindobaçu e Saúde. Para se chegar a este garimpo dirija-se ao entrocamento que liga município de Antônio Gonçalves e Campo Formoso. A partir deste entrocamento siga pela BA-374 até o município de Pindobaçu, daí continue por mais 9 km em direção ao município de Saúde até alcançar estrada carroçável que dará acesso ao Garimpo de Carnaíba.
GEOLOGIA
A Geologia é mostrada na série Roteiros Geológicos com adaptações: Embasamento Arqueno-Proterozóico Inferior do Cráton do são Francisco, no Nordeste da Bahia – Silva & Misi (1998). Nesta publicação é mostrado que o Garimpo de Carnaíba está situado sobre um corpo granítico que Rudowski et al (1987) que o descreveu como uma pequena intrusão de formato circular (Fig. 1 - Silva & Misi (op. cit)), com cerca de 6 km de diâmetro, situada numa estrutura antiforme da serra de Jacobina. O caráter intrusivo do corpo, de acordo com os autores supracitados, é marcado pela presença de numerosos enclaves de rochas quartzíticas da serra de Jacobina e de rochas ultramáficas cromitíferas do contexto do emhasamento. Abaixo é mostrado o mapa geológico simplificado da região onde está localizado o Garimpo de Carnaíba (Rudowski et al 1987 modificado de Couto et al 1978):
    O granito de Carnaiba é descrito por Rudowski et al (op. cit.) como um granito a duas micas, porfiróide associado a veios pegmatíticos acompanhados, ocasionalmente, por turmalina. Os corpos pegmatíticos entram em contato com as ultramáficas serpentinizadas desenvolvendo  uma zona rica em flogopita, que gradam para zonas cada vez mais pobres em flogopita enriquecidas em talco e serpentina. As mineralizações de berilo (esmeralda) ocorrem próximas aos veios pegmatíticos e dentro dos flogopititos. Estes autores descrevem ainda a presença de molihdenita, scheelita, turmalina e alguns sulfêtos (calcopirita, pirrotita e pirita).
    Griffon et al (1967) Rudowski et at (op. cit.) advogam que a gênese das mineralizações estaria relacionada a assimilação do Cr das ultramáficas pelos cristais de berilo e que o Be e Mo teriam sido trazidos pelos fluidos hidrotermais decorrentes do magmatismo granítico.
    Em caso de visitas a região sugerimos a publicação Embasamento Arqueno-Proterozóico Inferior do Cráton do São Francisco, no Nordeste da Bahia de Silva & Misi (1998) pois a mesma contêm todas as dicas necessárias para uma excursão pela região e uma boa visão sobre os aspectos geológicos regionais.